Avô, o que são os Açores?

Avô, o que são os Açores? não é apenas uma peça de teatro.
Em novembro de 2019, fiquei sabendo de um concurso na Espanha para roteiros inéditos de teatro para jovens. Tinha algumas ideias na cabeça e resolvi arriscar.
No entanto, eu parei e me questionei: “O que o jovem de hoje precisa ouvir?”. Depois de alguma reflexão, a resposta que encontrei foi: “O jovem precisa ouvir como amadurecer e ver como os mais ‘antigos’ nos ajudam nisso”.
Nisso surgiu este texto, uma estória minha, do meu avô, Manoel Oliveira, e sobre a minha atividade de storyteller. Terminei este texto por volta do dia 15 de dezembro de 2019. Até mesmo tive ajuda do meu avô, por telefone. Pedi que ele me recontasse uma das estórias/histórias aqui postas sobre os Açores. Dez dias depois, meu avô teve um AVC severo. Ficou em coma e, no dia 5 de janeiro de 2020, faleceu.
Vi que este roteiro não ganhou o prêmio lá na Espanha e resolvi publicá-lo. Aliás, escrevo estas palavras no dia seguinte ao falecimento de meu avô. Por isso que Avô, o que são os Açores? não é apenas uma peça de teatro. É um ode ao storytelling homenageando quem me ensinou a contar histórias e estórias. Tem um personagem parecido comigo, um personagem parecido com meu avô e um personagem que é um filósofo alemão bem parecido com o Walter Benjamin.
Não é mais um livro meu, é o meu sincero agradecimento ao meu avô por ter me ensinado tudo que sei sobre a área que amo. Posso ter lido inúmeros livros sobre narrativa, narratologia, storytelling, linguagem midiática, dramaturgia e roteiros. No entanto, foi meu avô que me deu as lentes para lê-los.
É sobre isso que esta peça de teatro fala.

Script at  www.amazon.com/dp/B083JHLVHW

Authors: 
Rafael Duarte Oliveira Venancio